Instrumentistas, estudiosos e especialistas costumam ressaltar a importância da música na vida das pessoas. Faz bem para o corpo e para a alma, é capaz de nos elevar, nos acalmar, alegrar e emocionar, nos faz dançar e pular; e, acima de tudo, nos faz aguçar os ouvidos e apreciar uma bela sinfonia. É gratificante ouvir profissionais que dedicam suas vidas ao aprimoramento constante necessário para transmitir a singularidade da música. Nos últimos anos, sua ação tem sido ampliada. A música tem sido utilizada inclusive em tratamentos de saúde, em trabalhos junto a pessoas portadoras de necessidades especiais, como também junto àquelas que tenham sofrido algum trauma físico ou mental, ou, ainda, junto a idosos.
A musicoterapeuta Daiane Pazzini, do Age Sêniors Center, explica que a musicoterapia é uma forma de tratamento que utiliza a música para ajudar na resolução de problemas, tanto de ordem física quanto emocional ou mental. A música ajuda porque é um elemento com que todo mundo tem contato. Através dos tempos, cada um de nós já teve e ainda tem a música em sua vida.
Profunda conhecedora do assunto, Daiane explica que essa prática terapêutica aplicada aos idosos vai trabalhar o histórico sonoro e musical do participante, recuperando músicas que fizeram parte da vida do idoso. Desta forma, a terapia, segundo ela, resgata pontos e preserva sua memória, trabalha a autoestima, fortalece a identidade, valorizando a produção musical e a vivência do idoso.
Para Daiane, que atua na área há vários anos, os benefícios para os participantes são enormes. Pessoas que apresentam dificuldades de expressão através dos instrumentos musicais superam esse bloqueio, melhorando assim sua comunicação. Ela cita exemplos de aposentados que através da musicoterapia superaram suas dificuldades e voltaram a ter entusiasmo e vontade de viver. Através da música é possível expressar os sentimentos mais profundos. Muitas vezes, as pessoas que atingiram a maturidade ficam suscetíveis a alguns tipos de doenças, como a depressão, e a musicoterapia é uma forma criativa de se trabalhar os sentimentos, as perdas e principalmente o processo de envelhecer com saúde.
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